quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Peelings !!!

Peelings químicos
Os efeitos dos ácidos sobre a pele podem aparecer mais rapidamente quando utilizados em alta concentração para a realização dos peelings químicos. Os peelings são procedimentos médicos, e apenas médicos estão habilitados para fazê-los, pois em mãos inábeis podem trazer resultados desastrosos. Nestes procedimentos, podem ser utilizados diversos tipos de ácidos de acordo com o resultado que se deseja obter e com a profundidade que se deseja atingir.
Os peelings químicos podem ser superficiais, médios e profundos. Os resultados são mais aparentes quanto mais profundos, assim como aumentam também os riscos e o desconforto durante o peeling e no pós-peeling. O peeling profundo só pode ser realizado sob sedação, devido à dor durante o procedimento, enquanto que alguns peelings superficiais são completamente indolores.
Bons resultados podem ser obtidos com vários peelings superficiais seriados, realizados a pequenos intervalos. A descamação subsequente costuma ser fina e não chega a atrapalhar o dia a dia, podendo a pessoa voltar à sua vida normal no dia seguinte. Os peelings superficiais melhoram a textura da pele, clareiam manchas e atenuam rugas finas, além de estimular a renovação do colágeno que dá melhor firmeza à pele.


Já os peelings médios, provocam descamação mais espessa e escura, necessitando de 7 a 15 dias para retorno à vida normal, porém são mais indicados quando a pele já apresenta asperezas como as ceratoses (lesões pré-cancerosas) e rugas mais pronunciadas. Os peelings médios renovam a camada superficial da pele, clareando manchas e alterações de superfície da pele, como rugas, algumas cicatrizes de acne e as ceratoses.
O peeling profundo é bem mais agressivo que os demais, provoca a formação de muitas crostas e o pós-peeling exige o uso de curativos e a recuperação pode durar até um mês. No entanto os resultados são muito bons, com renovação importante da pele e diminuição até mesmo de rugas profundas como as rugas ao redor da boca e dos olhos. Novas técnicas, como a aplicação pontuada do peeling de fenol, visam a diminuir os possíveis efeitos colaterais e o tempo de recuperação após o peeling.
Cuidados antes e depois dos peelings
Para se realizar um peeling químico, a pele deve ser preparada previamente com antecedência de 15 a 30 dias e também receber um tratamento pós-peeling. Estes cuidados permitem a obtenção de melhores resultados, além de ajudar a evitar possíveis efeitos indesejáveis dos peelings, como pigmentação pós-peeling ou queimaduras, que podem acontecer mesmo quando todos os cuidados são tomados.
Por isso, os peelings só devem ser realizados por médicos capacitados para o uso das técnicas e que estejam aptos a resolver qualquer problema que possa se apresentar em decorrência do tratamento.


Peelings superficiais seriados
Ácido retinóico
O ácido retinóico é utilizado para tratamento de fotoenvelhecimento, acne, manchas e alterações de superfície da pele. É considerado um dos produtos mais eficazes para se obter o efeito de "rejuvenescimento cutâneo".
Seus efeitos foram comprovados por estudos clínicos e através de biópsias, onde se observam alterações da estrutura da pele após a sua utilização. Clinicamente, estas alterações manifestam-se por uma melhora da textura, do brilho e da aparência da pele, com a diminuição das manchas e atenuação das rugas finas.
Peelings seriados
A aplicação seriada do ácido retinóico em concentrações elevadas, com intervalos que variam de 7 a 15 dias, promove um peeling uniforme que acelera o processo de renovação da pele e estimula a produção e reorganização do colágeno.
Equivalente a um peeling químico superficial, esta técnica apresenta algumas vantagens, destacando-se a ausência de queimação e o não comprometimento da rotina diária da pessoa, pois a descamação resultante é discreta e não impede o convívio social.
Para se obter um melhor resultado são necessários pelo menos 5 peelings. Após cada aplicação, a medicação deve permanecer na pele durante 6 a 8 horas, quando então pode ser retirada através de lavagem com água e sabonete suave.
O preparo e os resultados
Antes do início dos peelings, a pele deve ser preparada, para receber melhor o tratamento, com a utilização, em casa, de formulação contendo ácido retinóico e agentes clareadores, durante 15 a 30 dias. Esta medicação deve ser mantida durante todo o tratamento. Durante o dia, antes de sair ao sol ou mormaço, deve ser usado um protetor solar, pois a pele fica mais sensível à radiação solar.
No dia seguinte ao peeling a pele pode ficar levemente rosada e, dois dias após, começa uma fina descamação, da cor da pele, que dura de 3 a 5 dias. Os resultados começam a ser percebidos logo após o primeiro peeling com a sensação de melhora da textura da pele, que fica mais lisa. Com a continuação do tratamento, melhoram também as manchas e rugas finas.


Peelings combinados
Fotoenvelhecimento
Além do envelhecimento natural, comum a todos os órgãos, a pele sofre a ação de agentes externos que promovem o seu envelhecimento progressivo. O principal agente envelhecedor é a radiação solar.
A ação do sol tem efeito acumulativo e, com o passar dos anos, começam a surgir as manifestações decorrentes dela. É o chamado fotoenvelhecimento. Ele se manifesta através do surgimento de manchas, diminuição da elasticidade, formação de rugas e asperezas na pele, além de flacidez e perda de luminosidade.


Peelings químicos
Algumas substâncias químicas, quando aplicadas sobre a pele, combatem os danos provocados pelo sol, melhorando o seu aspecto, entre elas os ácidos retinóico, glicólico, salicílico, lático e a resorcina. O resultado é a melhora da textura, do brilho e da aparência da pele, com a diminuição das manchas e atenuação das rugas.
Os efeitos dos ácidos sobre a pele podem aparecer mais rapidamente quando utilizados em alta concentração, através dos peelings químicos.
Os peelings superficiais são os mais adequados para quem deseja melhorar a aparência da pele, sem deixar de exercer suas atividades diárias. A descamação é discreta, não impedindo o convívio social, e a melhora da pele é percebida gradualmente desde o início do tratamento.
A aplicação seriada dos peelings superficiais acelera o processo de renovação da pele e estimula a produção e reorganização do colágeno, atenuando manchas e rugas.
Combinação de ativos melhora resultados
Visando obter resultados mais perceptíveis em menor tempo, sem abrir mão da segurança e conforto dos peelings superficiais, pode-se utilizar a técnica dos peelings combinados. Neste tratamento, são utilizados 2 tipos de peelings superficiais em uma mesma sessão, aproveitando-se os melhores efeitos de cada substância e conseguindo-se uma ação mais eficiente sem aprofundar o tipo de peeling.
É possível, também , utilizar potências diferentes de ácidos de acordo com as alterações de cada área da face. Pode-se, por exemplo, utilizar um peeling de média profundidade apenas nos locais onde o fotoenvelhecimento se manifesta mais pronunciadamente e, nas áreas onde o dano for menor, utilizar ácidos mais fracos. Desta forma, os efeitos colaterais mais intensos ficam restritos aos locais onde foram utilizados os ácidos mais potentes, diminuindo o desconforto no pós-peeling.


Microdermoabrasão (Peeling de Cristal)
Método desenvolvido na Itália em 1985, que consiste em um aparelho composto por um duplo sistema de aspiração e compressão, lançando e ao mesmo tempo aspirando microcristais de óxido de alumínio sobre a pele a ser tratada. Este processo se dá em fluxo constante, de intensidade controlável, não traumática e assintomática.
Atualmente é um dos procedimentos estéticos mais realizados nos Estados Unidos, sendo denominado de "lunch peel" (peeling do almoço). Devido à sua simplicidade e rápida recuperação, o paciente pode realizar este procedimento e retornar às suas atividades imediatamente.
As indicações para a microdermoabrasão são várias, dentre elas: tratamento de cicatrizes de acne e fotoenvelhecimento (são as mais comuns e com melhores resultados), rugas finas, hipercromias, estrias e cicatrizes.
Como é feito o tratamento
Após avaliação do paciente, determina-se a quantidade de sessões e o intervalo entre elas (1 semana a 1 mês). É recomendado iniciar sempre com um peeling superficial e ir aprofundando com o passar das sessões.
Inicia-se o procedimento com limpeza da pele com solução alcoólica, orientando o paciente a permanecer de olhos fechados para evitar que os microcristais caiam nos olhos. Estica-se a pele com o polegar e o indicador de uma das mãos e com a outra encosta-se a ponteira do aparelho sobre a pele e inicia-se o deslizamento, que vai promover o seu lixamento.
A pele torna-se avermelhada, sendo que o lixamento se dará na profundidade definida pelo médico. Esta vermelhidão pode durar poucas horas ou até 2 dias, dependendo da sensibilidade do paciente e da profundidade da erosão cutânea, devendo o paciente utilizar sempre um fotoprotetor.
As grandes vantagens desta técnica são: rápida recuperação, praticamente indolor (não é necessário anestesia local), não há necessidade de interrupção dos tratamentos estéticos do dia-dia e não atrapalha nem a vida social, nem profissional do paciente.


Peeling combinado para o tratamento do melasma
Um trabalho apresentado sob a forma de poster científico no Meeting da Academia Americana de Dermatologia de 2005 demonstrou os resultados de um tratamento para o melasma combinando 2 tipos de peelings.
O principal objetivo da associação é combinar a penetração de TCA em baixa concentração, usando o ácido salicílico como agente esfoliante.
Vinte mulheres, 12 com melasma epidérmico (pigmento mais superficial) e 8 com melasma misto (pigmento tanto superficial como profundo), foram tratadas com o peeling combinado, usando solução alcoólica de ácido salicílico e gel de TCA em baixa concentração, em 3 a 4 aplicações com intervalos de 4 a 5 semanas.

Resultados positivos
Os resultados foram avaliados 3 meses após o início do tratamento. Todas as 12 pacientes com melasma epidérmico tiveram a regressão completa da hiperpigmentação e as 8 pacientes com melasma misto apresentaram uma significante redução da hiperpigmentação.
Nenhum efeito colateral foi observado durante ou após o tratamento. Em pacientes com resolução total, nenhuma reincidência foi observada até 6 meses após o final do tratamento.
A principal vantagem do peeling combinado é o fato de não ocorrer reação inflamatória, que poderia causar uma hiperpigmentação.
Atenção: o peeling é um tratamento médico devendo ser realizado apenas por médicos treinados para esta finalidade.


Peles sensíveis podem sofrer com peelings
Durante o período do inverno, com a consequente diminuição da exposição da pele ao sol, aumenta a procura por tratamentos da pele, como os peelings superficiais, utilizados para estimular a renovação celular e a produção de colágeno, melhorar a textura da pele e atenuar manchas e rugas finas.
Uma das opções de tratamento, são os peelings químicos seriados, realizados a intervalos de 7 a 15 dias. Neste tratamento, a descamação subsequente costuma ser fina e a pessoa pode voltar à sua vida normal já no dia seguinte ao tratamento.  
Pele sensível reage de forma diferente
No entanto, pessoas que tem a pele sensível podem reagir aos peelings de forma diferente, ficando com a pele avermelhada por mais tempo, além de apresentarem ressecamento e sintomas como ardência e/ou coceira.
Estas pessoas devem fazer os peelings com intervalos de, no mínimo, 15 dias, pois o tempo de recuperação costuma ser maior do que naqueles que têm a pele normal, cujo intervalo entre os peelings pode ser semanal.
Cuidados
Quem tem a pele sensível deve tomar certos cuidados quando se submeter a tratamento com peelings no inverno. Devido ao ar mais seco nesta época, a hidratação no período após o peeling é muito importante, devendo-se dar preferência a produtos que, além do efeito hidratatante, tenham efeito calmante sobre a pele.
O hidratante pode ser aplicado várias vezes por dia, sempre que se sentir que a pele está ressecada. Além disso, é fundamental o uso de protetores solares durante a exposição ao sol, de preferência com produtos destinados para peles sensibilizadas e/ou sob tratamento, que podem ser indicados pelo dermatologista.


Peeling de fenol pontuado para o tratamento de rugas estáticas
As técnicas de rejuvenescimento facial se aperfeiçoaram com os anos, estimuladas pela preocupação com a aparência física e pela maior longevidade. O peeling químico consiste na aplicação de agentes cáusticos à pele, produzindo uma destruição controlada da epiderme e sua reepitelização.
O peeling de fenol é considerado um importante agente no rejuvenescimento facial, mas a sua utilização implica em limitações, pelo seu grande potencial de efeitos colaterais e elevado índice de complicações. Aplicado à pele, o fenol induz a uma queimadura química que ao longo do tempo resulta no rejuvenescimento. A regeneração da pele inicia-se 48 horas após a aplicação e se completa em cerca de 7 a 10 dias.
Aplicação pontuada diminui o tempo de recuperação
Um trabalho apresentado no XXII Congresso da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica propõe uma técnica que consiste no uso tópico do peeling de fenol de forma pontuada sobre as rugas estáticas da face.
A aplicação pontuada do fenol mantém tecido não tratado em torno de cada ponto aplicado para acelerar a recuperação no pós-peeling, aumentar o perfil de segurança, dispensar sedação e diminuir a dor.
Utiliza-se um palito revestido com algodão embebido na substância, que resulta na formação de pequeninos pontos esbranquiçados ao longo da ruga. O agente é aplicado de modo a se obter a menor área de pele sã possível entre os pontos tratados, que evoluem para crostas e descamação total após 10 dias.
O tratamento deve ser feito apenas por médico treinado para o uso da técnica, em cerca de 5 sessões, com intervalo de 30 dias entre cada uma delas, todas em consultório e com técnicas assépticas.
Os resultados
No trabalho apresentado, uma paciente feminina de 60 anos, fototipo II de Fitzpatrick, foi submetida à sessão mensal de aplicação do peeling de fenol de forma pontuada apenas sobre as rugas estáticas da face, num total de 5 sessões. Foi realizada biópsia de uma das rugas tratadas antes do procedimento e 30 dias após a última sessão, para comprovação dos resultados ao microscópio.
Após 5 sessões, notou-se diminuição da profundidade das rugas estáticas da face nas regiões ao redor da boca e dos olhos, superficialização do sulco nasogeniano, melhora da textura geral da pele e do contorno labial. Os achados clínicos foram confirmados pela presença de alterações estruturais da pele, através da análise das biópsias.
Não houve complicações sistêmicas durante o procedimento ou em acompanhamento posterior, e a paciente referiu manter suas atividades diárias habituais.
Em conclusão, o peeling de fenol mostrou-se efetivo na atenuação das rugas estáticas da face quando aplicado de forma pontuada sobre as mesmas, com maior perfil de segurança e menor tempo de recuperação pós-peeling.


Peeling de ácido retinóico para o tratamento do melasma
O melasma é uma dermatose frequente que, apesar do seu caráter benigno, provoca grande impacto na qualidade de vida dos pacientes acometidos, interferindo nos âmbitos psicossocial, familiar e profissional.
Caracteriza-se por manchas escuras que aparecem em áreas expostas ao sol, localizadas preferencialmente na face. É mais frequente em mulheres e costuma surgir entre os 30 e 55 anos de idade.
Entre os fatores comumente envolvidos com o seu surgimento estão: gravidez, uso de anticoncepcionais, terapias hormonais e exposição à radiaçao solar.
Tratamento é difícil
O tratamento do melasma é um desafio, já que a doença apresenta, muitas vezes, um curso refratário e recorrente, com reaparecimento das manchas após a melhora.
Os peelings químicos fazem parte do arsenal terapêutico, sendo os de ácido retinóico uma das opções com resultados satisfatórios.
Estudo comparou peelings
Um estudo foi realizado com 30 pacientes (27 mulheres e 3 homens), com idade entre 25 e 59 anos, que foram submetidos a 4 sessões de peelings de ácido retinóico a 5% ou 10%, com intervalos de 2 semanas entre cada sessão. Além do peeling, o único produto adicional utilizado foi o protetor solar.
Após o tratamento, na avaliação global dos dois grupos tratados, houve melhora estatisticamente significativa dos testes que avaliam a melhora clínica (Masi) e a qualidade de vida (MelasQol), mostrando que o peeling de ácido retinóico a 5% ou 10% é eficaz como tratamento exclusivo do melasma.
No entanto, foi observado que a melhora clínica não correspondeu a uma melhora proporcional na qualidade de vida e que os pacientes em uso de anticoncepcional oral ou terapia de reposição hormonal durante o tratamento tiveram piores resultados.
Um dado interessante foi a segurança deste peeling, medida pela ocorrência de poucos eventos adversos, todos leves e transitórios, como vermelhidão e descamação no pós-peeling imediato.
Conclusão
O estudo concluiu que o peeling de ácido retinóico é eficaz e seguro no tratamento do melasma, como tratamento isolado, e que não há diferença de melhora quando se comparam as concentrações de 5% e 10%.
Os autores sugerem estudos adicionais, tanto investigando concentrações menores do ácido retinóico como o comparando a outros peelings superficiais.
Microdermoabrasão (Crystal Peeling)
A microdermoabrasão é um procedimento realizado com um aparelho que produz um jato de microcristais de hidróxido de alumínio em alta pressão, bombardeando a pele ao mesmo tempo que aspira os cristais e a pele atingida por eles.
Esta "agressão" promovida pelos cristais, promove um peeling cutâneo, cuja intensidade vai variar de acordo com a quantidade de cristais, a pressão utilizada e o número de vezes que a cânula é passada na pele.
No peeling superficial, após o procedimento, a pele fica avermelhada e edemaciada (inchada). O peeling médio, que chega a atingir a segunda camada da pele, promove a formação de crostas. Após a queda das crostas, a pele pode apresentar uma vermelhidão residual por cerca de 30 dias.
São necessárias várias sessões de tratamento e os resultados são equivalentes aos dos peelings superficiais e médios. O intervalo entre as aplicações variam de acordo com a profundidade atingida. Quando o procedimento é mais superficial pode ser repetido a cada 7 ou 15 dias. Os peelings médios, pelo menos a cada 30 dias.
Veja abaixo o número de sessões necessárias para se obter um melhor resultado:
  • rugas: 5 a 10 sessões
  • estrias: 10 a 15 sessões
  • sequelas de acne: 10 a 15 sessões
  • O procedimento é realizado em consultório, rápido e pouco doloroso, mas é recomendável a aplicação de um anestésico tópico para diminuir o incômodo. Pessoas com pele de fototipo III ou superior, só devem fazer o peeling superficial, para evitar manchas residuais após o tratamento.
Fonte : Dermatologia.net

                       http://lucianaweb.com/blog/beleza-e-saude/peeling-de-cristal/


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