Como o estado emocional pode afetar a pele
Hoje em dia, não há mais como negar a interação entre o corpo e a mente. O estado emocional é capaz de desencadear diversas manifestações orgânicas e, até mesmo, doenças.Muitas vezes, diante de uma situação de forte estímulo emocional ou do estresse do dia a dia, mecanismos biológicos descarregam a tensão no corpo, que se manifesta em um órgão, que varia de acordo com uma tendência pessoal.Quando o órgão atingido é a pele, algumas doenças podem ser desencadeadas ou agravadas, entre elas: psoríase, disidrose, vitiligo, dermatite seborréica, dermatite atópica, lupus e acne
Nesta seção, você vai aprender como isto ocorre e entender melhor a interação entre a mente e a pele.
A mente e o corpo
Embora a medicina ocidental tenha procurado menosprezar a ação da mente sobre o corpo, o "rubor" da pele, em situações de constrangimento ou embaraço, sempre indicou que havia alguma ligação entre o que ocorria nos pensamentos e o que a pele mostrava. Não era só esse fato. Um grande número de fenômenos, facilmente observáveis no organismo, sempre sugeriram que mente e corpo funcionam em conjunto. Assim, fortes emoções podem resultar em náuseas, vômitos, diarréia, desmaios, crises hipertensivas, derrames cerebrais ou infartos do miocárdio. Esses são exemplos claros da ligação entre a mente e o corpo.
Os sintomas psicocutâneos
Chama-se psicocutâneo o fenômeno manifestado na pele que tem como causa o que se passa no nível mental. Há sintomas e doenças com estreita ligação com os pensamentos. Assim, a sensação de frio nas mãos em situação percebida como ameaçadora, a palidez da pele em ocasiões de susto ou o aumento do suor em momentos de tensão. Além disso, o aparecimento de coceiras sem causa aparente, em fases de maior preocupação, ou mesmo doenças como dermatites, urticárias, alergias, psoríase e pelada, indicam o que pode a mente provocar na pele.
Não há dúvidas, hoje, de que estados mentais e suas correspondentes emoções têm influência poderosa sobre as condições da pele. Atualmente, já se conhece um pouco de como isso acontece, fato quase totalmente ignorado algumas décadas atrás.
O que a mente tem a ver com a pele
A mente é algo sobre o que todas as pessoas falam, mas ninguém sabe o que é. Existem pesquisadores que acreditam que a mente é um produto do cérebro e buscam encontrar sua sede nesse órgão. Outros acham que a mente existe antes do cérebro, sendo a programadora do que se passa nele. Ambas as correntes de pensamento têm provas razoavelmente convincentes do que afirmam. Seja o que for, a mente é onde se produzem os pensamentos. A partir deles, desencadeia-se uma série de fenômenos físicos através do cérebro, que é o local de reconhecimento de todos os fatos que se passam no organismo.
Origem embriológica
A pele e o sistema nervoso, do qual o cérebro é o órgão central, têm a mesma origem durante a formação do embrião. Ambos derivam do ectoderma, o folheto externo do embrião, que, na sua evolução, dobra-se sobre si mesmo formando um tubo, chamado tubo neural. A parte que fica por fora vai formar a pele e a parte interna vai desenvolver o sistema nervoso. Portanto, desde o início, a pele está em ligação direta com o sistema nervoso, enviando-lhe constantemente informações sobre o meio externo.
Comunicação pele-sistema nervoso
Do cérebro e da medula espinhal partem nervos, que se ramificam como os galhos de uma árvore e se dirigem a todos os pontos do organismo, incluindo a pele. Na pele, filetes nervosos chegam à derme (segunda camada da pele), aos vasos e à camada mais superficial, a epiderme. As mensagens entre o sistema nervoso e a pele se dão por meio de substâncias químicas, chamadas neuropeptídios, que levam o código dos pensamentos ocorridos na mente para a pele.
Em sentido inverso, a pele envia ao cérebro suas mensagens por meio de mediadores químicos produzidos por suas células, que viajam até o sistema nervoso central pelo sangue ou pelos nervos, lá gerando pensamentos.
A comunicação entre mente, sistema nervoso e pele é constante e imediata, provocando alterações muito sutis, na maioria das vezes invisíveis e não percebidas pelas pessoas, como as alterações na produção do suor.
Muito bom o tema abordado....Parabens...!
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